sábado, 12 de julio de 2008
Quando comecei a navegar pelo universo da Internet, o que mais me fascinou foi a idéia de interagir com pessoas de várias partes do mundo com um só clique. A idéia de ter vários "amigos" sem ter de me expor tornou-me uma ávida freqüentadora de chats por muitos meses. Tempo suficiente para que eu descobrisse que tais amizades duravam menos tempo que minha empolgação em continuar vasculhando o ciberespaço em busca de pessoas interessantes.
Mas, como toda curiosa virtual que se preze, acabei novamente atraída para o mundo das "amizades virtuais" quando soube do lançamento de Second Life. A idéia não só de fazer amigos, como de explorar e construir um mundo completamente novo fascinou não só a mim, mas milhares de usuários, que gastaram tempo e, em alguns casos, dinheiro neste novo divertimento. E foi em busca deste "mundo novo" que comecei a "viver minha segunda vida".
Porém, como já relatei em uma postagem anterior neste blog, minha experiência com a "segunda vida" não foi tão boa como imaginei. A pouca interação do programa frustrou não só as minhas, mas as expectativas de muitos freqüentadores deste mundo virtual, o que tornou Second Life, talvez, uma das grandes bolhas da Internet.
Entretanto, esta semana fui surpreendida com a notícia de que o Google lançou seu "mundo virtual": Lively. Rodando no próprio browser do internauta, este programa leva vantagem sob um dos "calcanhares de aquiles" de Second Life: as exigências físicas do programa para rodar na máquina do internauta.
Porém, as vantagens do Lively terminam por aí, pelo menos a meu ver. Dividido em salas, o programa assemelha-se a uma sala de bate-papo em 3D, onde a interação dos usuários se dá via chats, que podem ser públicos ou particulares. A interação física acontece como em Second Life: por meio de comandos digitados pelo usuário. Porém, como no programa da Linden Lab é uma interação fria. Muito distante daquela prometida pelos desenvolvedores do programa, capaz de "revolucionar a Internet".
Desde que foi popularizada, muitas tecnologias foram desenvolvidas para aumentar a interação entre pessoas na Internet e tornar seu contato mais próximo do que acontece no "mundo real". Entretanto, a meu ver, essa interação está ainda muito distante do calor humano presente nas relações do dia-a-dia. Contudo, Lively, Second Life, ou qualquer outro programa que prometa integrar usuários do mundo inteiro são uma boa opção para a socialização. Desde que nunca substituam o contato "corpo a corpo" e que sejam usados com moderação.
Etiquetas: cotidiano
Eu vi a notícia sobre o Lively, mas não testei... não gosto muito de jogos online, não gosto da cobrança do grupo. Sempre tem aqueles viciados que jogam o dia inteiro que depois vão brigar contigo porque você tem uma vida fora do computador e não joga tanto quanto ele. De boa... tenho mais o que fazer. Gosto do RPG tradicional, com mesa, dados e pessoas reunidas.
Nunca gostei de salas da bate-papo também; sou mais adepta do MSN e ao ICQ. Quando entrava em bate-papo era pra zoar (chegava a entrar com amigos e zoar a sala toda xD). MSN e ICQ são mais pra conhecidos, manter contato com pessoas que você conhece mesmo. Tanto que tenho pouquíssimas pessoas que não conheço pessoalmente. E por isso eu não gosto também desses "jogos" como o Second Life: as pessoas esquecem de jogar e ficam só batendo papo...
Porém a idéia é boa: quebrar as barreiras geográficas e colocar o mundo ao alcance de um clique. Só que, mais uma vez, tenho de concordar com vc: boa parte de quem joga Second Life, ou mesmo Lively utiliza os jogos apenas para uma finalidade: bater papo. E prá "chatear" não preciso de um jogo instalado no meu computador. É só entrar em qualquer sala de bate-papo.