domingo, 13 de julio de 2008
Para mim, o período de férias da faculdade significa, além de descanso e tranqüilidade, uma oportunidade de colocar a leitura e a "cultura televisiva" em dia. Sem horários fixos para dormir, torna-se mais fácil acompanhar seriados pela TV, seja ela fechada ou aberta.
Entretanto, acompanhar uma série de TV em canais abertos em si já renderia uma nova série. São tantas mudanças de horário, edição de episódios, reprises e adiamentos que poucos ainda possuem paciência - e coragem - para tal ato de heroísmo. Mas, há quase um mês, me converti em uma notívaga, aproveitando as madrugadas para recordar velhos episódios ou conhecer séries novas, que raramente passaram da primeira temporada.
E foi movida por este espírito "saudosista" que voltei a acompanhar o seriado"Oz". Retratando o dia-a-dia dos presos na prisão de segurança máxima Oswald, a série mostra, sem muitos pudores, a conduta de cada indivíduo ou grupo durante sua "estadia" na prisão. A cada semana são introduzidos novos personagens.
Meu primeiro contato com "Oz" foi aos dezesseis anos, após assistir uma chamada para o primeiro episódio da série. Na época, a classificação etária para a atração era de 18 anos - semelhante à atual - e meus pais, por motivos óbvios, não me permitiam assisti-la. Entretanto, esta proibição não foi obstáculo para que eu deixasse de acompanhar, a cada semana, as reviravoltas em Emerald City, uma espécie de cidade criada com o objetivo de ressocialização dos presos - e onde se passa boa parte da "ação".
Porém hoje, ao rever todos aqueles episódios pude perceber o quanto esta atração desperta em nós, telespectadores, um sentimento ambíguo de ódio e compaixão por aqueles detentos. Como um dos personagens mesmo relatou no episódio desta semana, "ninguém ali é santo". Ou seja, todos os personagens que estão ali foram presos porque cometeram atos de extrema crueldade com seus semelhantes.
No entanto, mesmo os tipos mais cruéis são capazes de despertar a simpatia dos telespectadores, inclusive a minha. Como qualquer fã, tenho meus personagens favoritos ali. Torço por eles. Não para que "sejam felizes", mas para que sobrevivam. Assim como acontece fora da ficção, onde presos tornam-se celebridades, e ocupam páginas e páginas de jornais.
Etiquetas: cotidiano
Quem sabe eu assista qualquer dia e mude de idéia....
bjs
Prefiro assistir Capadócia. Também conta a história dos presidiários em uma prisão de segurança máxima, mas, no caso, é uma penitenciária feminina.
Mas eu também tinha os meus favoritos, que agora mal lembro quais são. xD~
Seriados, só baixando. Acompanhar pela TV aberta é sofrível e a TV a cabo, muitas vezes, demora pra exibir episódios novos.