domingo, 5 de abril de 2009

Ele não está tão afim de você.. e daí?

Dizem as más línguas que comédia romântica é o gênero fílmico preferido de grande parte das mulheres porque ali tudo dá certo no final, como em um conto de fadas: a mocinha se apaixona perdidamente por um homem, sofre, chora, dá boas risadas mas termina feliz, nos braços de seu amado príncipe, seja ele o homem do início ou o do meio do filme.

Há quem diga também que esse tipo de filme atrai mais porque ele é feito para distrair, não para pensar. Praticamente ninguém sai de uma sessão dessas questionando os problemas do mundo ou de sua vida pessoal a menos que... A menos que o filme seja um recorte da vida de 9 entre 10 mulheres.

Ontem, depois de uma tentativa frustrada de me tornar um pouco mais "cult", me vi sentada em uma cadeira no fundo da sala do cinema, pronta para esvaziar a mente e esquecer a decepcção, munida de um pacote de pipocas amanteigadas e um copo de Coca-Cola. Na tela, "Ele não está tão afim de você", comédia romântica que aborda várias situações comuns na vida de toda mulher. E foi justamente a trivialidade dos acontecimentos que me fez sair da sala com mais questionamentos - e um pinguinho de reconhecimento - do que quando entrei.

Toda mulher conhece alguém que namora há anos, mas não pensa em se casar; alguém casado há anos, mas que está se sentindo preso, alguém que acredita piamente que o verdadeiro amor não conhece barreiras nem impedimentos e, principalmente, que ele se esconde nos lugares e situações mais inusitados. Afinal, quem não conhece alguém que já se "apaixonou" online ou assumiu os riscos de uma relação "proibida"?

Confesso que sempre fui meio avessa à esse gênero, por achar que nada tinham a acrescentar ou que confundiam ainda mais minha já confusa realidade, mas o que vi na tela me fez pensar, me reconhecer em cena e rir de tudo o que já fiz na vida, seja isso bom ou ruim.

Um dos protagonistas afirma, em determinada cena, que mulheres tem o hábito de dissecar cada fato e construi ali uma história mirabolante, capaz de transformar um simples olhar em um pedido de casamento. A afirmação pode ser forte, especialmente quando dita sob forte emoção, mas tem um fundo de verdade: nós, mulheres, tendemos a nos apegar a pequenos detalhes, e comumente superestimamos situações. Tornamos marcantes fatos que, por si só, tem pouca ou nenhuma importância. Em momentos de carência nos apegamos.

Porém, a protagonista, com suas atitudes que representam um pouco do que cada mulher faz ou pensa demonstra, no decorrer do filme, que se apegar a alguém não é tão ruim assim. Às vezes temos de deixar nosso coração em algum lugar e, principalmente, temos de aprender a chorar, sofrer, mas continuar seguindo em frente. Ele não está afim de você? Tudo bem, existem outros. ;)

4 Comments:

  1. Ericka Rocha said...
    Ro...Num sei se quero ver o filme...Talvez eu me sinta mais ridicula do que eu já venho me sentindo se me reconhecer nas personagens! Rs... ADOREI o txt...E o importante mesmo é o final: "Tudo bem, existem outros."

    Te amooo amiga!

    Bjão!
    =]
    Bianca said...
    Falae se não é BEM verdade: "mulheres tem o hábito de dissecar cada fato e construi ali uma história mirabolante, capaz de transformar um simples olhar em um pedido de casamento."

    A gente pode ser bem estranha de vez em quando, hein.... mas sabe, bem melhor do que não ver nada de mágico nessas pequenas coisas do mundo.

    Assista Vicky Cristina Barcelona ;)
    Lívia Lima said...
    Realmente é das mulheres sonhar demais e pessoalmente tenho vivenciado umas situações que me fazem pensar que não há soluções para os relacionamentos entre homens e mulheres. Solteiros, casados, todos tem problemas.

    Ele não está afim, ou não está da maneira que esperamos? Nós esperamos demais? Por que não desistimos de esperar coisas que sabemos que os homens não poderão nos dar?

    Isso pira! E às vezes, faz bem a gente ver essas situações simplificadas em 1 hora e meia de um filme que nos faça rir...

    Quero mto ver esse filme, adoro Jennifer Aniston, Drew Berrymore, a música do The Cure e o lindo Ben Afleck, claro! rs


    p.s: Ro, foi vc q se atrasou hein, e além do mais, não é o filme que nos torna "cult" e sim o pensamento que produzimos a partir do que quer que seja, inclusive comédias românticas! rs

    bjs
    Jéssica Santos said...
    Quanto a afirmação que nós mulheres imaginamos coisas e tal, não somos só nós, pessoas apaixonadas enxergam um espirro quase como uma declaração de amor, a diferença é que temos as emoções a flor da pele, mas quando um homem se apaixona perde completamente a sua própria razão, e ficam bem piores que nós hehehe
    bjocas

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