martes, 29 de mayo de 2007

Semiótica da vida


Trabalhos, provas, entrevistas, reportagens... Tudo junto em uma mesma semana. Pouco tempo para descansar e muito o que produzir. Uma combinação estressante, muita coisa para alguém que, apesar de se encaminhar para a reta final, ainda não se acostumou com a correria.

Stress.. Cada um lida com nosso "companheiro" de uma forma diferente. Uns riem, outros choram, alguns entram em crise e outros simplesmente ignoram o que acontecem, fazem de conta que o mundo parou de girar. Viram "hippies", sem abandonar seus costumes. Apenas mudam de casca, mas mantém a mesma essência. Tentam abraçar o mundo e tendem a abraçar o nada.

Alguns, como eu, lidam com esse amigo de uma maneira curiosa: semiotizam o mundo. Semiotizamos tudo, nossas lágrimas, nossa revolta, nossa inércia...

Por exemplo, se me sinto perdida diante de vários problemas a serem resolvidos, sem saber que rumo tomar ou como agir a culpa é da saturação, afinal sou tão bombardeada com informações (relevantes ou não) todos os dias que simplesmente abstenho. Desligo o cérebro, faço "cara de paisagem" e sigo adiante.

Se me perco com cronogramas, é culpa do tempo, de sua ordem social e da ditadura do relógio. Afinal nós, homens e mulheres modernos nos tornamos escravos do tempo, torturados por minutos e segundos que nos forçam a fazer mais coisas que nosso relógio biológico aceita. Nascemos pessoas e nos tornamos zumbis.

Se saio na rua e não interago com ninguém, se ao entrar em um ônibus e sentar em um dos assentos me fecho em meu mundo, tendo apenas como companhia a música que toca em meu discman a culpa é da cidade, mais precisamente de seus habitantes, que "perderam o hábito de caminhar" e com ele o de interagir, serem simpáticos, sorrir.

Se ao ligar meu computador, quase que instantanemente abro meu comunicador instantâneo e checo meus e-mails é culpa da Cibercultura, que me torna escrava da cultura da informação e tende a tornar virtual uma parte de minhas amizades. Perco a timidez diante de uma máquina mas não longe dela.

Enfim, sempre que estou assim como agora, confusa, desnorteada, dividida sentimentalmente ou simplesmente agoniada, uso essa ciência, a "Semiótica da vida". Confusa? Nem tanto. Abstrata? Talvez. Difícil? Com certeza. Inútil? Jamais.

4 Comments:

  1. Bianca Hayashi said...
    Ah, fofo mesmo.
    Me identifico totalmente! o/

    A culpa é sempre dos fatores externos. Eles é que nos impedem de agir como queremos e devemos agir.
    Você só esqueceu de falar dos nossos ritmos biológicos, não não são nunca respondidos a tempo, pois o ritmo da sociedade nos impede de, por exemplo, dormir e acordar no horário que o corpo manda (e precisa).

    Beijos. ^^
    Talita Souza Silveira said...
    Rô, vc esqueceu de falar que pra desestressar, e deixar sua marca vc se apropria do Hugh Jackman...sua iconofágica...o wolverine nunca mais será o mesmo!!!
    Beijos
    Rose Soler said...
    Iconofágica... tudo culpa do Lucas...hahahaha
    Pensando bem, vale a pena ser lembrada associada a Hugh Jackman.. Isso sim é uma associação perfeita..rsrs
    Cibele Lima said...
    semiótica- inútil jamais????
    Ahhhhhh... há controvérsias!!
    hahahahhaa!!!

    bjussss

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