martes, 21 de julio de 2009
Todos os dias, ela mantém a mesma rotina desde que entrou de férias: levanta-se, toma um banho, um parco café e parte para a Internet, até que comecem os preparativos para o almoço. Entre uma notícia e outra, as janelas de seu comunicador instantâneo começam a subir. Seus contatos começam mais um dia virtual, enquanto ela secretamente espera que aquela janela - a mesma de todos estes anos - apareça e coloque um fim em seus antigos temores.
Todos os dias ela pensa em dizer-lhe algo: perguntar como estão as férias, o que tem feito... Saber da vida, aos seus olhos, é uma forma de manter viva a chama da amizade. Pensar, ela pensa, mas raramente escreve, pois tem medo de tornar-se chata novamente, reeditando a perseguição que a marcou por todo esse tempo.
A cada dia ela imagina como teria sido a conversa caso ela tivesse dito o que pensava, o que sentia no momento. Haveria resposta? Teriamos as mesmas conversas de antes? Ah, as conversas... Há meses ela anseia por uma longa e divertida conversa... Algo tão descompromissado e ao mesmo tempo tão interessante que tire seus pés do chão e a faça rir por horas diante da tela de seu computador... Entretanto, esse dia ainda não veio, e talvez nunca virá.
Há alguns dias ela dormiu triste. Tinha, no coração apertado, a certeza de que a hora do adeus havia chegado. Assim, sem despedidas, sem abraços, sem um "até logo" ela sentiu que era hora de se despedir... Adeus.
Etiquetas: sentimentalismos
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bjs