miércoles, 8 de julio de 2009

Rest In Peace

Hoje, depois de quase duas semanas de especulações, especiais, overdoses de clipes e músicas o rei do pop fez sua última apresentação. Despediu-se de seus fãs da mesma forma grandiosa com que estavamos acostumados - no centro de um palco.

Seu sepultamento foi, como o de todo grande astro, um acontecimento mundial. Televisões de todo o mundo estavam lá, diante do ginásio, noticiando minuto a minuto a movimentação, os preparativos, o início e o fim do show. Aliás, desde o anúncio da despedida oficial, a cerimônia foi definida como um show, com direito à sorteio de ingressos, apresentações musiciais e fotos. Várias fotos.

Não acompanhei a transmissão do evento na íntegra pela tevê e nem pela Internet, mas os poucos momentos que vi me deixaram intrigada com o que seria aquilo - um ritual de despedida ou um concerto. E a empolgação dos fãs ao conseguirem os ingressos me deixou ainda mais confusa. Que me perdoem aqueles que tiveram tais reações, mas dar pulos de alegria e exibir um enorme sorriso por conseguir entradas para acompanhar um funeral não me parece certo. Mesmo que esse seja o "evento do ano" - o funeral do rei do pop.

Michael agora jaz em sua sepultura, desfrutando da paz que, em vida, ele nunca teve, mas o circo ainda está armado, e permancerá assim por muito tempo. Se antes discutia-se sua preferência por crianças e as inúmeras cirurgias plásticas, hoje discute-se quem ficará com seus filhos, com seu dinheiro, qual foi a causa de sua morte. Poucos parecem sofrer de verdade, e os que sofrem mostram-se incrédulos em sua morte.

Pela manhã, ouvi meu pai dizer que reis nunca morrem de fato. O corpo se vai, mas o mito permanece. Foi assim com Elvis e será assim com Michael.

2 Comments:

  1. Jéssica Santos said...
    Eu vi na integra pelo FoxNews e depois pela CNN/facebook. Bem achei bonito de bom gosto, um pouco exagerado a "santificação" dele. Mania do povo de santificar quem morre né. Ele era um gênio da música, do clipe e da dança, mas o pessoal não dá para sabermos e nem sabermos o quanto os familiares e amigos exageram né
    Lívia Lima said...
    A gente só dá valor às coisas quando perde, fato!

    Eu lembor que quando ouvi falr da nova turnê dele pensei, que papel rídiculo, ninguém mais ouve MJ, mas depois que ele morreu percebi realmente o grande artista que ele foi, fez vanguarda e é influência pra tudo o que temos por aí na música...

    Difícil alguém superar, os tempos são outros, nem pela arte, nem pela polêmica...

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