jueves, 11 de junio de 2009

Don't believe him

Um homem bonito, ou suficientemente atraente, simpático e sempre com um sorriso cativante no rosto. Com aquela frase capaz de silenciar as mais doloridas lágrimas ou potencializar ainda mais nosso estado de êxtase. Esse é o cafajeste, aquele tipo de homem de que toda mulher já ouviu falar, mas poucas assumem ter encontrado ou, pior, ter caído em sua "rede".

Costumo dizer que minha vida é uma novela mexicana, não pelos romances açucarados, mas pela quantidade de drama que injeto em meu dia-a-dia e, especialmente, por minha capacidade de prolongar situações que teriam tudo para ter um desfecho rápido. Pois foi exatamente em uma destas situações-limite que encontrei o cafajeste da vez: nem tão bonito, nem tão alto, nem tão forte, mas envolvente. Envolvente, agradável e extremamente... pouco inteligente.

A vida, não só a feminina, tende a imitar a arte, e hoje me lembrei de um filme que não vejo há algum tempo. Uma comédia romântica, cujo enredo se encaixa perfeitamente à minha situação limite, mas com um desfecho beem diferente.

Em Alguém como você, a protagonista, além de inventar uma tese interessante sobre a fugacidade do interesse masculino em uma mulher, se envolve com um colega de trabalho comprometido, que promete o céu a ela, mas acaba lhe presenteando com o fundo do poço. Entre muitas lágrimas, potes de sorvete, copos de leite e biscoitos, Jane acaba conhecendo o "homem da sua vida" - um perfeito cafajeste: muitas conquistas, todas descartáveis.

Para todo bom cafajeste, ter mais de uma é fundamental. E de todos os tipos, caráteres, ideais e religiões. Mas em quem o cafajeste investe mais tempo, seja na vida real ou na ficção, é justamente naquela que se parece mais "séria", já que esta não cede facilmente ao encantos do rapaz. Conquistá-la leva tempo, e isto torna o jogo mais interessante para os dois lados: enquanto o cafajeste se diverte tentando conquistar, a garota crê que finalmente encontrou o "homem dos sonhos". E vai cedendo a cada investida...

Entretanto, os cafajestes da ficção em nada se parecem com um cafajeste da vida real, pois no final do filme ele se "regenera". Enquanto Eddie, o cafajeste da ficção, abre mão de uma vida de transas esporádicas para se dedicar ao "amor verdadeiro", o cafajeste da vida real comete um erro atrás do outro, deixando rastros, intencionalmente ou não, de todas as suas conquistas. Ou tentativas.

Feliz, ou infelizmente, estou aprendendo que a felicidade que um cafajeste sente a cada conquista dura tanto quanto um sorvete deixado ao sol. A vida imita a arte, mas a arte nunca imita a vida.

2 Comments:

  1. SahKelly said...
    Toda mulher adora um cafajeste... Mesmo que saibamos que ele é da pior espécie: aquela que conquista apenas porque não tem nada melhor pra preencher seu tempo! (Se eles gastassem essas horas lendo livros e se informando talvez fossem menos burros...)

    Ainda bem que você está descobrindo que essa criatura não vale um segundo do seu pensamento.

    Abraços. Sah
    Cauana said...
    Eu tenho uma tese, sabe? Acho que os homens sentem necessidade de 'pegar' várias mulheres porque somos todas infinitamente diferentes uma das outras. Quanto a eles, para nós, fundamentalmente são todos iguais, por isso não temos nossa curiosidade aguçada -como eles- e não precisamos sair 'experimentando' por aí.

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