domingo, 23 de marzo de 2008

Em família


Todos os anos, desde a infância, datas como Natal, Ano Novo ou Páscoa seguem a mesma rotina: são celebradas sempre com um almoço em família. De preferência na casa da minha avó paterna. E, como é retratado em novelas, todos - filhos, netos, sobrinhos e bisnetos - se reúnem à mesa (ou em cadeiras, na varanda, ou sentados no chão...), à volta da matriarca da família.

E hoje, como em todos os anos, não foi diferente. Na Páscoa seguimos o mesmo ritual: almoço na casa da avó, reencontro com primos e tios, longas conversas na varanda, chocolates... Porém este ano foi diferente. É como se houvesse algo na atmosfera que nunca tivesse percebido. Entre um prato e outro, entre uma sobremesa e outra, comecei a observar aspectos que nunca tinha notado: como o tempo influencia e transforma as pessoas.

O passar do tempo, que muitas vezes separa, tem unido as pessoas à minha volta e, ao uní-las, tem conseguido transformar, a meu ver, um casal que antes parecia tão incompatível, como meus pais - com personalidades e anseios diferentes - em verdadeiras almas gêmeas, a ponto de tornar quase impossível para mim imaginar a sobrevivência de um sem o outro. Talvez as brigas, ou os anos que tem passado juntos, os tenha aproximado ainda mais.

O passar do tempo tem unido irmãos que, se antes não se olhavam, hoje conversam animadamente sobre diversos assuntos, de religião a futebol. Como todo bom brasileiro.
Mas talvez o mais importante, pelo menos para mim, seja que o passar do tempo tenha mostrado que, para algumas pessoas, o tempo não passa. Pelo menos emocionalmente.

Fisicamente, crianças crescem e tornam-se adultas. Casam-se, tem filhos. Mas para os pais, e principalmente para os avós, os netos nunca crescem. A seus olhos, os netos são eternas crianças. Como eu, que aos olhos da minha avó, continuo sendo uma criança, sua eterna Rosinha...

Talvez neste ano eu tenha me tornado mais emotiva, mais observadora. Talvez tenha deixado de lado o caráter enfadonho que as reuniões familiares tinham para mim na época da adolescência. Talvez o tempo esteja passando depressa demais para mim também, e esse passar do tempo esteja me tornando nostálgica. Ou talvez seja o nascimento de novos primos ou o casamento de outros que esteja me tornando nostálgica.. Pensando bem, acho que estou precisando casar ou ter um filho...

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3 Comments:

  1. Lívia Lima said...
    Páscoa é época de passagem...boa época pra pensar em mudar de vida....rsrss

    Mãos à obra!!!!!!!!!!!rsrsrs

    bjs
    Cibele Lima said...
    tudo isso pra dizer: cibele, eu te invejo...casada, com uma linda filha e feliz...hahahhhaa!!
    Brincadeiras à parte, o crescer nos traz novas perspectivas e novos desejos...
    Talvez, se vc voltar alguns almoços de páscoa atrás, lembrará de anseios quanto a entrar na faculade de jornalismo, ou uma outra.
    Essa etapa está quase vencida!!
    Sem sonhar e planejar nossa vida não tem graça...precisamos e desejamos desafios!!
    Casamento e filhos é um desafio e tanto...mas seja bem vinda a essa esfera que se renova dia após dia.
    Faço minhas as palavras da Livia:
    "Mãos à obra!!"
    rsss..
    bjs Ci
    Bianca Hayashi said...
    Er... você tem que se decidir! Ou é igual ou é diferente, hahaahha. xDDD

    E... filhos? o.O

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