domingo, 9 de diciembre de 2007
Lendo o jornal hoje de manhã me deparei com um nome estranho, e uma prática mais estranha ainda: "poliamor". O que seria isso?
Segundo entendi, "poliamor" é nada mais que manter relações poligâmicas, sem o compromisso da fidelidade. É, como disseram vários personagens da matéria, "amar várias pessoas, sem estar preso a apenas uma". Conhecer o amor através de vários corpos.
Vista de fora, a idéia parece interessante. Relacionar-se com quem quisermos, sem as amarras da fidelidade. Olhar um homem, achá-lo interessante, convidá-lo para sair, sem peso na consciência. Ter todos e ser de todos. O sonho de muitas mulheres. Será mesmo?
Lendo a matéria vi relatos felizes. Mulheres e homens satisfeitos com sua nova condição de "liberdade". Ser de todos e ter todos parece, para eles, natural e reconfortante. Um paraíso em meio a relações turbulentas, permeadas de crises de ciúmes e cobranças.
Mas, ao terminar a leitura surgiu a questão: será mesmo tão bom assim? Seria tão bom ter tantos e ao mesmo tempo não ter ninguém? Pois, se a idéia é não haver cobranças, não poderia dizer que tenho alguém. Afinal, estaria compartilhando meu namorado com várias outras mulheres.
E esse homem, com quem manteria essa relação, poderia chamá-lo de meu namorado? Ou seria apenas mais um amigo, com quem criei uma "amizade colorida", como se dizia antigamente? E entre tantas experiências, como ficaria o amor? Se apaixonar por vários é possível. Mas o mesmo acontece com o amor? É possível amar a mais de uma pessoa ao mesmo tempo?
E se isso virar moda, o que acontece com os seres monogânicos, como eu? Viraremos exemplares exóticos? Seres dignos de estudo e que não se enquadram aos padrões da modernidade?
Não sei, e espero que não seja assim. Espero não estar "fora de moda". Mas, se a moda for ser de todos e não ser de ninguém, faço minhas as palavras de uma amiga, Talita: "eu nasci na época errada".
Etiquetas: cotidiano
Não concordo com o "poliamor", não tenho a pretenção de segui-lo e espero criar minha filha para ir contra essa postura.
Mas independente da época, mais cedo ou mais tarde pessoas que seguem essa tendência farão parte do nosso ciclo de amizade...como agiremos?
Lembra quando o homessexualismo entrou em nossas vidas? Com dez anos eu nem sonhava em ter uma amigo gay. Hoje até os considero pessoas melhores para ser amigas!!
Tudo é uma questão de tempo...assim como foi para que as mulheres pudessem estudar, trabalhar e ser livre para não casar e fazer sexo sem pensar em procriação apenas.
O mundo segue...e nós?