dois lados da moeda

Minha mãe sempre diz para nunca me desesperar. Esperar o último minuto e só então decidir o que fazer. Mas comigo as coisas não funcionam assim...

Se fosse um animal, acho que seria um peru. Não por sua aparência, mas por seu destino. Perus "morrem de véspera", como diz a sabedoria popular. E eu sofro de véspera. Antes do "apito final" já dou o jogo por encerrado. Entrego a bola ao juiz e abaixo a cabeça, crente da derrota.
Se há uma luz no fim do túnel, meu desespero não me permite enxergá-la. Talvez porque as baterias da minha lanterna sempre acabem...

Ontem me vi assim, mergulhada em uma escuridão completa. Tudo o que via a minha frente era desespero. Desespero, lágrimas e uma tristeza profunda pelo fracasso eminente. A pequena luz no fim do túnel estava escondida por uma grande névoa, feita por minhas lágrimas. E era tão fraca que minha lanterninha não conseguia iluminá-la.

Mas a vida é uma caixinha de surpresas, boas ou ruins. Hoje descobri que minha caixinha é repleta de boas surpresas. E de amigas, que surgem sempre com baterias novas, prontas a iluminar o caminho e me conduzir para longe da escuridão e do meu pessimismo.

Meninas, dedico esse post a vocês. As boas surpresas da caixinha que se tornou minha vida acadêmica.